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sábado, 13 de abril de 2013


Mensagem do Rev. Adalberto Hiller

Lc. 24.13-35.

Caminhar é sempre um bom exercício. Há caminhadas que sabem bem tanto para o corpo como para a alma. Mas, há caminhadas difíceis, pesadas, longas, que no entanto nos levam a lugares memoráveis e a encontros inesquecíveis.
A vida humana é muitas vezes descrita como uma longa caminhada. Como se tivéssemos um longo caminho a percorrer, e, a encontrar, nesta caminhada objectivo e sentido.
Após um fim-de-semana trágico, os dois discípulos caminham com um pesado fardo as costas. Jesus Cristo, companheiro de três anos, Mestre, em quem confiavam e esperavam a salvação, fora crucificado, morto e sepultado. “E já passaram-se três dias!” Se esperança houvesse, agora era tempo de ir aceitando a realidade. Jesus estava morto! E isso eles tinham visto, presenciado. E um morto é um morto.
Desconsolados vão conversando a respeito disso pelo caminho. E então se lhe junta a eles um outro peregrino. E este indaga, pergunta, o que se passa? E eles passam a relatar os acontecimentos… e acrescentam… e nós esperávamos que fosse Ele quem iria redimir Israel, mas agora já lá vão três dias! E as suas esperanças fraquejaram. Eles tinham visto Jesus como um profeta. A percepção de quem era Jesus era limitada. Tinham visto em Jesus o Poder de Deus, mas, as autoridades judaicas o destruíram. Tinham visto Nele o libertador, mas não conseguiam ver o custo desta libertação. Tinham marcadas em suas mentes a predição da glória do Messias, mas não a humilhação e o sofrimento. O Cristo tinha de padecer, mas isso não era o fim de tudo. Deus triunfa através dos sofrimentos do seu Cristo.
E então o desconhecido companheiro de viagem os interpela. Mas vós não conheceis as Escrituras? Não era isso que estava escrito? Os dois tinham ideias erradas daquilo que o Antigo Testamento ensinava, e, por isso também tinham ideias erradas acerca da cruz. Não era isso mesmo que Ele próprio havia predito? Em meio as dificuldades, é natural esquecermos o que as Escrituras nos ensinam? Queremos acreditar, mas quando vem a provação, é então que se revela difícil, o que muitos julgam ser fácil. Ter fé, quando nosso mundo desaba, é que é sinal de que temos confiança em Deus.
E então sentando-se com eles, partiu o pão, e o abençoou, e então eles o reconheceram. Lembraram então de como lhes “ardia” o coração, enquanto Ele lhes expunha as Escrituras. Quando Ele falava, o significado oculto das palavras bíblicas se tornava claro.
Epifania é revelação. A Epifania do Cristo Ressuscitado que venceu a morte para que nós tenhamos vida. A Escritura revela-nos o amor de Deus em Cristo, pelo qual nos dá, pela sua graça, o perdão de nossas faltas, e, pela fé a Vida eterna. Jesus Cristo não é um profeta, mas é o Filho de Deus, o Deus feito homem. Somos herdeiros da sua obra Redentora e temos a bênção de também sermos testemunhas destas coisas, pois a fé, abre-nos os olhos, para ver além, apesar de nossas limitações terrenas, carnais, podemos ver com os olhos da fé as obras do amor de Deus e as maravilhas da sua criação em nossa caminhada. E o objectivo e sentido desta caminhada é “sermos testemunhas destas coisas”!  Quando os dois discípulos O reconheceram foram imediatamente contar aos outros. Que nós o reconheçamos e também contemos aos outros!
                                                                                                                                    Amém.
                                                                           Pastor Adalberto Hiller