DEUS CUIDA DOS SEUS

A Igreja Cristã celebra hoje o Dia de Ação de Graças, um dia especial em que somos lembrados e incentivados à gratidão. Mas vocês não acham que até parece engraçado haver um dia de ação de graças? Não deveria isto fazer parte da vida do cristão, como algo natural?

Infelizmente, há duas maneiras de nos aproximarmos desta questão e sermos motivados à gratidão: através da lei (você precisa agradecer a Deus) ou através do evangelho (Deus lhe dá a oportunidade de agradecer). Podemos agradecer com medo ou com amor.

Como Igreja Luterana, há poucos dias atrás lembramos da ação de Deus ao trazer sua Igreja de volta à verdade da sua Palavra através do ensino e da obra de Lutero para a Igreja. Também quando falamos em gratidão a Deus, podemos olhar os ensinamentos do Reformador Martinho Lutero.

Deus cuida de nós. Deus nos ama e se preocupa com cada um de nós e realmente nos protege. Disto não podemos e não devemos duvidar, pois Deus já o demonstrou inúmeras vezes.

Deus é nosso Pai e se preocupa connosco. Confiemos nele e abramos o nosso coração e, a partir desta fé, vivamos uma vida de gratidão a ele. Deus sempre de novo nos mostra o Salvador Jesus Cristo para comprovar todo o cuidado que tem por nós. Ele está connosco, nos auxilia e protege, nos ama e cuida de nós.

Foi esta também a confiança de Lutero que disse: Falta-lhes algo? Ora, a solução é fácil: derramem seus corações perante Deus, digam-lhe tudo abertamente, nada escondam. Seja o que for, lancem aos pés dele aos montes, como se desabafassem perante um bom amigo. Ele gosta de ouvir e está disposto a ajudar e aconselhar. Não tenham medo nem pensem que o problema é demasiado grande. Ponham tudo para fora com coragem, mesmo que sejam sacos cheios de necessidades. Digam-lhe tudo, pois ele é maior que todas as nossas carências e capaz e disposto a fazer mais do que pedimos. Quanto mais pedem, tanto mais gosto terá em ouvi-los. Derramem tudo, e à vontade, não o façam aos pingos e pedacinhos. Ele derramará dilúvios de bênçãos sobre vocês.

Rev. Rony Ricardo Marquardt

SE DEUS QUISER

Tiago 4.13-17

“Se Deus quiser” é uma expressão recorrente. Dizemo-la com muita facilidade, sem pensar, de forma inconsequente e, muitas vezes, sem mesmo querer dizê-la. O problema não está em dizer “se Deus quiser”. O problema está em dizer isso como uma banalidade qualquer.

O texto bíblico em apreço sugere que “se Deus quiser” é para ser dito muitas vezes! Contudo, não como uma repetição vã, mas conscientes do significado desta afirmação. Esta não é uma afirmação egocêntrica, pretensiosa, mas uma afirmação condicional. Isso significa que ao afirmar essas palavras, colocamos a nossa vontade e confiança debaixo da vontade de Deus.

“Se Deus quiser” é um estado de espírito verbalizado, é a certeza da providência divina, é reconhecer que muitas coisas escapam do nosso controlo, contudo não escapam do controlo de Deus, é perceber que Deus trabalha os seus propósitos mesmo quando as coisas não vão bem, e aceitar que a última palavra é a Dele.

A nossa vida é frágil e, em muitos sentidos, imprevisível. Por isso o apóstolo Tiago alerta: “Mas nem sequer sabem o que vos vai acontecer amanhã! Não passam de uma nuvenzinha, que aparece uns instantes e rapidamente desaparece.” (v.14). Por isso, dizer “se Deus quiser” é não errar o alvo, e é bem melhor do que dizer apenas “iremos” ou “faremos”.

Oremos: Querido Pai, que haja em nós o mesmo pensamento que em Jesus: não se faça a minha vontade, mas sim a tua. Por intermédio dele, pedimos. Amém.

Miguel Barcelos

CRISTO LIVRA-NOS DO CASTIGO

Sofonias 1.7-16

Existem coisas que assustam-nos, mesmo quando ainda não passamos pela situação descrita. Certos textos, filmes, imagens de destruição, mortes e guerras já são suficientes para desejarmos nunca passar por tais situações.

Quando lemos certos textos bíblicos, também temos uma imagem das coisas que nós ainda não vivemos. O texto do profeta Sofonias indicado o dia de hoje é uma dessas imagens duras que temos em alguns textos bíblicos.

O povo de Israel mais uma vez havia se afastado do caminho de Jeová e estava longe daquilo que Deus esperava dele. Mas apesar de sua incredulidade e afastamento, ainda pensavam que o Senhor teria pena deles, e os salvaria, mesmo se não se arrependessem. E a forma como Sofonias proclama as palavras de Senhor, é de certa forma assustadora.

É óbvio que para nós cristãos, não é o medo da destruição total e do castigo eterno que devem nos aproximar de Deus. Nós cremos, não por medo do castigo, mas por causa do grande amor demonstrado à cada um de nós através de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador. É por causa da promessa da vida eterna nos céus, que cremos, confiamos e confessamos que Jesus Cristo é nosso único e suficiente salvador.

Mas não podemos ignorar que o inferno existe. O diabo, nosso inimigo número um, tenta-nos a cada instante para que não temamos o inferno. Tenta-nos mostrar que afinal, o castigo divino não é assim tão pesado.

O castigo no inferno é real e está preparado para todos aqueles que afastam-se de Deus e de sua palavra. Mas assim como o inferno é real, muito mais real e consolador é a promessa de Deus de nos preparar um lugar no céu.

As palavras do profeta Sofonias, são a mais pura lei, pregada àqueles que estão afastados da vontade de Deus. Para nós cristãos, servem de alerta, para continuarmos firmes e vigilantes em nossa fé, e assim escaparmos da destruição e castigos eternos, herdando dessa forma, a vida eterna - alegre e jubilosa - no céu.

Rev. Genivaldo Agner

Finados

Hoje lembramos o dia de finados. Muitos cemitérios foram ou serão visitados. E para espantar a tristeza flores são levadas aos entes queridos e até celebrações são realizadas nos cemitérios.

Enquanto para os não cristãos, finados lembra somente perda e saudade, para os cristãos lembra muito mais do que isso. Lembra especialmente a ressurreição de Jesus Cristo para a nossa segurança e consolo na vida eterna.

A morte é um acontecimento “antipático”. Ela entrou no mundo por causa do pecado. Chama-se “pecado original”. Martinho Lutero fala na Confissão de Augsburgo, Artigo II de "inata pestilência”, isto é, uma peste com a qual a nascemos e da qual se vai morrer.

Também o Salmista David, quando jovem, estava ciente de que a morte rondava a sua vida. Ele disse para seu amigo Jônatas em 1º Samuel 20.3: “Apenas há um passo entre mim e a morte”.

Por isso nós também estamos sujeitos a morte conforme diz o Salmo 44.22: “Somos entregues a morte continuamente, somos considerados como ovelhas indo ao matadouro”. Por isso, é preciso contar com a realidade da morte e “não ser ignorantes com respeito aos que dormem”.

O resultado de desconhecer a respeito dos que dormem é tristeza, a qual, por sua vez, gera falta de esperança. Não ter esperança é ser um “vivo morto” espiritualmente. Especialmente ignorantes com respeito aos que dormem são as pessoas que não crêem em Jesus Cristo. Não crêem que ele morreu e ressuscitou; por isso não podem ter esperança e nem consolo.

Nosso texto é uma declaração “por palavra do Senhor”, de que Jesus morreu e ressuscitou e que ele vai voltar para levar-nos consigo aos céus. Jesus Cristo é o Senhor. Ele ama. Ele perdoa e salva. No dia dos finados, a ressurreição de Jesus Cristo é a nossa segurança e consolo. Coloquemos em prática a recomendação de nosso texto: “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras”.

Estimados irmãos, quem crê em Jesus Cristo têm a vida eterna. Por isso especialmente no dia de finados, é bom nós sabermos que a ressurreição de Cristo é a certeza da nossa ressurreição para a vida eterna, seja na morte, ou na segunda vinda de Cristo. Amém!

Rev. Genivaldo Agner